Li a mensagem do Júlio e fiquei pensando sobre o que poderia dizer. Sim, dizer, e não acrescentar.
Pensei, pensei, e resolvi ler todo o capítulo 31. Que impacto! É difícil dizer como esse texto explodiu em minha mente e desceu para meu coração (sim, teólogo também tem coração!).
Descobri Deus no texto. Não o Deus da teologia, definível, previsível, estático. Definitivamente não! Mas o Deus que se expõe absolutamente, talvez absurdamente para alguns. O Deus que encontra prazer em seu povo, em vivenciar a aliança com eles, independente do que aconteça. Que se entristece com o pecado e a dor das tribos de Israel. Que se une aos sofredores e aos pobres.
Afinal, somente um Deus maravilhoso poderia dizer:
"Com amor eterno eu te amei; por isso, com benignidade te atraí" (v. 3).
"Eis que os trarei da terra do Norte e os congregarei das extremidades da terra; e, entre eles, também os cegos e aleijados, as mulheres grávidas e as de parto; em grande congregação, voltarão para aqui. Virão com choro, e com súplicas os levarei; guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão; porque sou pai para Israel, e Efraim é meu primogênito" (v. 8-9).
"Então, a virgem se alegrará na dança, e também os jovens e os velhos; tornarei o seu pranto em júbilo e os consolarei; transformarei em regozijo sua tristeza" (v. 13).
"Saciarei de gordura a alma dos sacerdotes, e o meu povo se fartará com a minha bondade, diz o Senhor" (v. 14).
"Não é Efraim meu precioso filho, filho das minhas delícias? Pois tantas vezes quantas falo contra ele, tantas vezes ternamente me lembro dele; comove-se por ele o meu coração, deveras me compadecerei dele, diz o Senhor" (v. 20).
Após ler esses versículos que falam de um Deus eternamente humano, penso que a nova aliança que Deus afirma fará com seu povo nada mais é do que propor a ele que sinta e atue como Deus faz.
Isso me parece de suma importância no texto comentado pelo Júlio quando afirma que o aspecto central de Jr. 31.29-35 é o acesso a Deus. O contexto permite entender que Deus não está criando nada novo em essência. Ele deseja apenas que seu povo sinta como ele, que tenha um coração de carne como ele, o Deus dos Exércitos, possui.
Manifestação maior e cabal de tal proposta será a encarnação do verbo, Jesus Cristo. Nele a nova aliança se concretiza. Aquele que, sendo Deus, resolveu tornar-se homem.
quinta-feira, 8 de julho de 2010
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