Concordo plenamente com o que o Júlio disse.
Na verdade, ele traz equilíbrio ao meu texto - que pode ter um aspecto negativista na trativa do leitor - por iluminar uma questão positiva relacionada ao leitor.
Penso que é necessário trazer a exegese para um plano mais concreto. Vejo muitos exegetas afirmando o senso pleno dos textos, como se sua interpretação fosse a correta e a última... diante de uma multidão de comentários que buscam, igualmente, estabelecer o sentido dos textos.
Sei que a partir do que temos dito pode parecer que nos lançamos a um subjetivismo totalizante na interpretação. Não é essa nossa intenção. Queremos, isso sim, salientar que a leitura/interpretação é um processo onde vários elementos participam.
E nisso o Júlio nos lembrou de algo muito importante para a hermenêutica. Se eu não posso entender que novas leituras, em contextos novos, a partir de novos leitores trazem novos sentidos, como entender, então, que hoje possamos falar em direitos humanos, em ecologia, em preservação do planeta etc, etc, etc? Esses são temas presentes nas Escrituras? Não! Pelo menos não em uma leitura historicista. Mas hoje, a partir das nossas leituras e vivências, conseguimos descobrir portas, frestas, fendas nos textos bíblicos que permitem a elaboração de tais temas.
quinta-feira, 22 de abril de 2010
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